Bolsonaro nega as acusações de ter liderado um golpe de Estado e de ter planejado atentados contra Lula no final de 2022.
Em um áudio divulgado pela Polícia Federal (PF) no domingo (23), o general da reserva Mario Fernandes revelou que a minuta do golpe, que vem sendo investigada pelas autoridades, foi “despachada” com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele ainda ocupava o cargo de presidente.
O material foi obtido a partir de celulares e computadores apreendidos durante a investigação que resultou na denúncia de 34 pessoas envolvidas em atos contra o Estado Democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No áudio, Fernandes, que está preso desde novembro de 2024, diz: “Kid Preto, falei com o Renato.
O decreto é real, foi despachado ontem com o presidente.
É, movimento, eu tô de olho aqui.
Se for o caso, eu aciono o senhor para voltar.
Eu nem vou.
Eu aciono o senhor para voltar.
Força!”. A gravação foi enviada ao general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência do governo Bolsonaro, em 7 de dezembro de 2022.
A mensagem foi enviada no mesmo dia em que Bolsonaro se reuniu com os comandantes do Exército, da Marinha e com o ministro da Defesa para discutir a minuta de decreto.
Quem é Mario Fernandes:
General da reserva, Mario Fernandes foi chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência.
Ele foi preso preventivamente em novembro de 2024, sob suspeita de envolvimento em um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF
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